Há um ano iniciamos uma campanha de financiamento coletivo pra levantar uma ideia: ocupar um imenso galpão todo lascado, numa área estigmatizada de uma cidade da Baixada Fluminense, pra produzir juntos nas áreas cruzadas de Cultura, Arte, Educação Popular e Tecnologia. Sete grupos e um milhão de desejos, sonhos, uma rede poderosa de afetos, apoios de primeira hora, brigas, discussões, festas, criações coletivas, somas, faxinas, carregamentos de pesos, faxinas, esquemas de com quem deixar filhos, cotizações, cervejas, atrasos de cronograma, risos, farpas, conferir se tá caindo água, música, lanches, obra, obras, nas dobras do viver, nas sobras de tempo enquanto cada um vai lutando pelo pão, um ano…
Sábado passado começamos a entregar as recompensas de quem pôde colaborar com uma prata na campanha e/ou chegou junto no evento do Feijão na Pressão. E o feedback das entregas já começou com muita energia.
É uma espécie de montanha-russa de emoções esse momento de nossas vidas… Olhando friamente, os tempos estão sinistros pra quem atua com Cultura, Educação, Direitos Humanos e afins frente à onda conservadora que saiu do armário e avança ouriçada em direção ao atraso no país.
Por outro lado, o momento é de sentir que a contracorrente tem uma força incrível e que nosso novo espaço só existe porque centenas de pessoas e grupos na Baixada tem criado um campo magnético de muita força e luz, recarregador.
E isso está nos pilares do que move o Gomeia Galpão Criativo.
Momento de agradecimentos e de arregaçamento de mangas.
Com amor, ao trabalho!
[ pra conhecer mais a ideia, visite www.gomeia.com.br ]